26 de ago. de 2009

Um Breve momento de Graça (parte 2)

Durante a nossa vida, alguns acontecimentos nos marcam. E o que sempre iremos lembrar é de como reagimos a esses acontecimentos, muitas vezes dolorosos. E aí está a grande diferença entre os homens, a forma como cada um reage a determinadas circunstâncias. Às vezes é difícil expor fatos como esse de nossas vidas às pessoas. É difícil ser um “livro aberto”. Entretanto, num lugar propício, com os ouvidos certos para ouvir, com o coração amolecido mesmo que às custas de um pouco de álcool, as coisas afloram. Em meio a esse cenário, ouve-se uma história comum. A de uma criança que absorve os problemas de seus pais. Poderia ser qualquer tipo de problema, mas trata-se de uma traição. Traição do marido para com a esposa. A dor desta mulher é tanta que ela se esconde dentro do guarda-roupa para choramingar sua dor. Ela está ferida, dilacerada, querendo, talvez, sumir, se esconder de tudo e de todos. No entanto, inesperadamente, a pessoa errada abre a porta do guarda-roupa, sua filha, que ouvira seus soluços do quarto vizinho, e, curiosa, vai até a fonte do som. Quando a mãe a vê, tenta se desvencilhar das perguntas da menina, mas não por muito tempo. Ela quer desabafar, quer contar o que sente para alguém e não tem dúvidas: conta tudo para sua filha. Expõe sua dor e a vergonha de seu marido. Agora, a menina estava envolvida e seria o ouvido seguro de sua mãe por muito tempo. Enquanto ouvia essa história pensei: “Ela deve ter ficado com muita raiva do pai. Quando isso acontece, o respeito de um filho para com seu pai vai embora com o vento!”. Em meio a meus pensamentos perguntei se ela sentira raiva ou mágoa do pai por isso. A resposta não esperada foi mais surpreendente: “Nunca! Eu amo meu pai!”.

[Gabrielle Lins de Souza]

    

24 de ago. de 2009

Pule do Barco

“E, quando Simão Pedro ouviu que era o Senhor… lançou-se ao mar.” (João 21:7)

Imagine: Vc ficou a noite inteira acordado, sentou num barquinho no meio de um lago e ficou pescando; esse é seu trabalho, é isso que vc faz para se sustentar. E o que vc pegou? Nada!
E então, do nada um cara que não é um pescador, vira e fala para vc jogar sua rede do outro lado do barco. Aposto que vc ficaria um pouco relutante, pensando “quem Ele pensa que é pra ficar me falando sobre o meu emprego?”, mas acaba fazendo o que ele disse e -uau!- não só um, mas 153 peixes caiem na sua rede! Só uma pergunta:

Quem era aquele homem? Uma palavra vindo dEle e as coisas melhoravam. Resposta: Ele era Jesus.

Pedro ficou tão empolgado que ele deixou de lado a pesca que ele lutou a noite inteira para conseguir, sem mesmo pensar duas vezes, ele pula do barco e corre até Jesus. Para Pedro não importava só quesuas redes estivessem cheias e que ele tivesse atingido seus objetivos, por isso, não quis ficar alí e guardar suas bençãos. Ele foi além e se comprometeu completamente com Deus. Será que vc também poderia fazer isso? É um bom desafio para o dia de hoje. Quando vc tem tudo aquilo que vc quer na sua vida, não fique só guardando aquilo pra vc, mas esteja disposto a dar algo para Jesus. Pedro sentiu como se tivesse abrindo mão de tudo quando deixou seu barco, seus companheiros e seus peixes, para ir ver Jesus; mas quando ele chegou lá, Jesus estava cozinhando… peixe!
Deus sabe o que vc precisa, Ele tem isso e vai te dar. Então, vá, pule do barco.

[extraído e adaptado do devocional A Palavra para Hoje
produzido pela UCB Internacional
direitos reservados]

 

11 de ago. de 2009

Um Breve Momento de Graça (parte 1)

A Graça de Deus é algo maravilhoso! Não me canso de afirmar isso. Mas sei que é um tanto quanto difícil compreendê-la. Mais difícil ainda é vivê-la. Por isso estou me propondo a ajudar você, leitor, a entender esta Graça maravilhosa. Desta forma estarei postando frequentemente em “Um breve momento de Graça” algo que li ou alguns momentos que vivi ou presenciei, durante esta minha curta vida peregrina, sobre este maravilhoso dom de Deus. Mas quero lembrá-lo, caro leitor, que estou me propondo a ajudá-lo a compreender, mas quanto a viver de Graça, está por sua conta e risco. No entanto, não se preocupe. Viver de Graça é uma longa jornada de experiências e aprendizados. E eu te convido a viver este grande desafio. Um grande abraço,
Gabrielle Lins de Souza
Um Breve momento de Graça (Parte I)
“Em pé junto ao leito onde jaz uma jovem, seu rosto em pós-operatório; sua boca, retorcida com paralisia, tem um quê de palhaço. Um minúsculo ramo do seu nervo facial, aquele que controla os músculos da boa, foi removido. Ela ficará assim daqui em diante. O cirurgião havia seguido com religioso fervor a curvatura da sua carne, isso eu podia garantir. No entanto, para remover o tumor de sua bochecha, tive de cortar aquele nervinho. O jovem esposo dela está no quarto. Ele está em pé no lado oposto da cama e juntos eles parecem habitar a luz vespertina da lâmpada, isolados de mim, num mundo particular. Quem são eles, pergunto a mim mesmo, ele e a distorcida boca que fiz, que olham-se um ao outro tão generosamente, com tanta avidez? A jovem fala: - Minha boca vai ficar assim para sempre? - Sim – digo. – Vai ficar assim porque o nervo foi cortado. Ela assente e silencia. Mas o jovem sorri. - Eu gosto – ele diz. – Acho uma gracinha. De repente sei quem ele é. Compreendo e baixo os olhos. Não devemos ser ousados na presença de um deus. Sem nenhum constrangimento, ele inclina-se para beijar a boca torta, e estou tão perto que consigo ver como ele entorta seus próprios lábios para ajustá-los ao dela, para mostrar-lhe que o beijo deles ainda funciona”.1
1 Richard SELZER, M.D., Mortal lessons: Notes on the art of surgery. Nova York: Simon and Chuster. 1978, p. 45,6. (Texto extraído do livro O Evangelho Maltrapilho, de Brennan Manning, Editora Mundo Cristão, 1ª Edição, São Paulo, 2005. p. 107, 108.)

2 de ago. de 2009

O cristão e a pergunta certa

Um grande amigo meu acabou de sair daqui da minha casa. Falamos horas sobre diversas coisas. Dentre elas, sobre a vontade de Deus. Então, paro para pensar sobre algumas delas.
Quando vejo minhas vontades, pergunto "onde está Deus? O que Ele quer de mim? Porque Ele não diz ou faz nada?". Bem, acho que estas perguntas muitos de nós já fizeram e não é nenhuma novidade. Mas o que me chamou a atenção foi algo que colocamos: precisamos fazer as PERGUNTAS CERTAS. Deus, algumas vezes, não tem nos respondido por que fazemos as perguntas erradas.
Penso assim: se alguém me chama para levar uma meditação na casa de outro alguém, devo perguntar a Deus o que Ele quer que eu diga? Bem, concluímos que esta não é a pergunta certa. Mas qual seria?
Sempre abro um leve sorriso ao lembrar! A vontade de Deus é imutável. Não tem como eu dizer "Senhor qual a Tua vontade" e fazer algo diferente. Então, se a vontade dEle vai sempre se cumprir porque me preocupar em saber qual é esta vontade se ela ocorrerá?
Vejo que estava errado quanto a isso. As perguntas que faço a Deus são por mim e para mim. Eu me preocupo em saber da vontade dEle porque não quero errar. Vamos ser honestos: não é o fato de fazermos a vontade dEle que nos preocupa, mas sim o de errar e nos sentirmos culpados. O querer ser perfeito e fazer as coisas corretamente me afastam do que Deus quer para mim, pois devo viver de fé e não de obras. Deus quer que vivamos cada dia, sem ansiedade (Mateus 6.25), sabendo que Ele tem cuidado de nós (Salmo 40.17).
Aprendi bastante com a visita deste meu amigo. A principal lição que tirei foi: se sou guiado pelo Espírito de Deus (Romanos 8.14) e tenho a Sua palavra dentro do meu coração (Salmo 119.11), tudo o que eu venha fazer é da vontade de Deus, até quando eu peco! Não que Deus queira que eu peque, mas o poder dEle se aperfeiçoa nas minhas fraquezas (2 Coríntios 12.9).
Eu amo Esse Deus que me faz sentir melhor quando me sinto o mais miserável dos homens.
[Daniel Silva de Oliveira]