28 de ago. de 2011

E as nossas palavras?

O que dizemos é importante. A Bíblia declara, em Mateus 12.34, que os lábios falam do que o coração está cheio. Por isso, precisamos ter muito cuidado com o que falamos porque poderemos ofender alguém, poderemos murmurar contra Deus e disso tudo prestaremos conta um dia (Mateus 12:36).

Nossas palavras são conhecidas por Deus antes de serem pronunciadas (Salmos 139:4). “Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó SENHOR, tudo conheces”.

Os cristãos devem ser conhecidos como pessoas que falam de maneira positiva, pessoas que empregam os princípios bíblicos em seus relacionamentos, pronunciando palavras que promovam edificação. Quando falamos impropriamente, nossa capacidade de enxergar e ouvir os planos de Deus diminui.
Não devemos ser como o homem que entrou para um monastério em que os monges só podiam falar duas palavras a cada sete anos. Passados os primeiros sete anos, o noviço encontrou-se com o abade, que lhe perguntou:
– Então, quais são suas duas palavras?
– Comida péssima – respondeu o homem, que depois voltou a ficar em silêncio.
Sete anos depois, o abade perguntou:
– Quais são suas duas palavras agora?
– Cama dura – respondeu.
Mais sete anos se passaram – completavam-se 21 anos desde sua entrada no mosteiro –, e o homem se apresentou ao abade pela terceira e última vez.
– Quais são suas duas palavras desta vez? – perguntou o abade.
– Eu desisto.
– Não estou surpreso – comentou o clérigo, aborrecido. – Tudo que você fez desde que chegou aqui foi reclamar!

Não faça como esse homem. Que você não seja conhecido como alguém cujas palavras sejam cheias de murmuração.
“ Murmurar”, conforme o dicionário, é soltar queixumes, lastimar- se, queixar-se em voz baixa, falar mal, apontar faltas, tomar mau juízo de alguém ou de alguma coisa. Foi exatamente o que aconteceu com o povo de Israel, e o Senhor indignou-se ante a atitude do povo: “Até quando sofrerei esta má congregação que murmura contra mim? Tenho ouvido as murmurações que os filhos de Israel proferem contra mim” Nm 14;26.

Se você faz parte da confraria dos “murmuradores”, saiba que essa é uma atitude reprovada por Deus. Em João 6.43, o Senhor Jesus adverte: “Não murmureis entre vocês” (Bíblia Viva). O apóstolo Paulo, em Filipenses 2.14,15, exorta os cristãos de seu tempo: “Façam tudo sem queixas nem discussões, para que venham a tornar-se puros e irrepreensíveis, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e depravada, na qual vocês brilham como estrelas no universo”.
Conversar custa caro! Nossas palavras podem impactar de forma positiva ou negativa. O que dizemos influi no que obtemos dos outros e no que os outros obtêm de nós.

“Não digam palavras que fazem mal aos outros, mas usem apenas palavras boas, que ajudam os outros a crescer na fé e a conseguir o que necessitam, para que as coisas que vocês dizem façam bem aos que ouvem (Ef 4.29 NTLH).

Adaptado do livro, O BOM É INIMIGO DO ÓTIMO

22 de ago. de 2011

Você é sal e luz


As metáforas do sal e da luz são duas ilustrações freqüentemente usadas na Bíblia para explicar como devem agir os cristãos. Em Mateus 5:13-16, encontramos a passagem mais famosa sobre o tema. Ali, Jesus convoca seus discipulos a deixar brilhar sua luz e a tornar suas vidas “salgadas”. Mas antes (Mt 5:1-12), Jesus apresentou as Bem-Aventuranças, com o objetivo de mostrar que há certas coisas que devem marcar os relacionamentos dos cristãos. Mas o Senhor Jesus também se preocupa com os que estão fora de sua família. Ele espera que os seus filhos tenham como argumento convincente e persuasivo aos que estão do lado de fora, uma vida verdadeiramente transformada. Por isso, ele apresenta as famosas metáforas do sal e da luz.

Quais são as qualidades do sal e da luz? O sal provoca sede, intensifica o sabor e conserva as coisas. Quem sabe Jesus tenha utilizado a metáfora do sal para simbolizar as três coisas ao mesmo tempo. O fato é que o sal traz benefícios. A luz ilumina lugares escuros e nos ajuda a enxergar a direção em que precisamos seguir. Elimina o medo e nos permite avançar com confiança. Os cristãos são chamados a ser uma luz neste mundo de trevas. Quando a luz de Jesus invade nossa vida, naturalmente ela se reflete no modo como vivemos e nos expressamos. Como portadores da luz divina, devemos fazer o possível para que nada impeça sua luz de brilhar em nossa vida.

Que semelhanças há entre o sal e a luz, e nosso papel como evangelizador neste mundo?

O chamado para que sejamos como luz e sal pode ser encontrado em muitas passagens da Bíblia. Por exemplo, em Atos 1:8, Jesus está prestes a voltar ao Pai. Antes de partir, Ele olha seus discípulos e diz, basicamente, o seguinte: “De hoje em diante, eu os nomeio minhas testemunhas. Quero que saiam com o poder consagrador do Espírito Santo e sejam testemunhas poderosas, ungidas pelo Espírito”. Ele queria que aqueles homens fossem uma grande influência para o mundo.

Em II Coríntios 5:18-19, Paulo nos diz que recebemos o desafio de ser ministros da reconciliação. Estamos tentando reconciliar com Deus mulheres e homens perdidos, pela obra de Jesus na cruz. E devemos levar a sério essa responsabilidade. Na Grande Comissão, em Mateus 28:19-20, Jesus envia seus discípulos aos quatro cantos da terra. Ele quer que todo cristão seja um porta-voz do Evangelho, conduza as pessoas à fé, exerça influência máxima, seja pescador de homens. Em outras palavras, os cristãos devem ser o sal e a luz onde quer que estejam, ou seja, em todo lugar!

Esse modo de vida provoca sede nos outros. Da mesma forma, quando os cristãos são ousados e inovadores em seu testemunho de Cristo no mundo, eles temperam as coisas, não é mesmo? Quer dizer, eles acrescentam um pouco de “molho” em um mundo insosso, atrapalham os planos do mal cuidadosamente elaborados, fazem as pessoas pensarem e reconsiderarem seus valores e crenças.

Ao viver uma vida honrosa diante de Cristo, os crentes tendem a impedir a decadência moral na sociedade onde vivem. Como luz, iluminamos as coisas que tentam se esconder nas trevas. Quando cristãos plenamente devotados irradiam a luz de seu Salvador as trevas começam a se dissipar. Queridos irmãos, como cristãos devemos levar outros a Cristo. Ganhar almas para Jesus Cristo é uma das melhores atividades no mundo de hoje. “O fruto do justo é árvore de vida, e o que ganha almas é sábio” (Provérbios 11:30).

Existem muitas pessoas à sua volta, convide-as para assistir os nossos cultos, ofereça-lhes uma visita, um estudo bíblico. Se você é sal e luz do mundo, Deus vai te ajudar a ser bênção na vida de alguém. E nem precisa ir muito longe, dentro da sua casa (família) existem pessoas precisando de sua ajuda espiritual, preocupe-se com ela e lute pela sua salvação.

Fonte: Iap Vila Medeiros

19 de ago. de 2011

Resistindo às Tentações


Como se sabe, a igreja de Corinto era uma igreja que sofria com heresias, meninices e questões de imoralidade. No capítulo dez, Deus inspira o apóstolo Paulo a motivar os coríntios a resistir às tentações.

“Não veio sobre vós tentação, senão humana; mas fiel é Deus, que não vos deixará tentar acima do que podeis, antes com a tentação dará também o escape, para que a possais suportar.” (1 Co 10.13)

A palavra grega para “tentação”, utilizada aqui nessa passagem, é “peirasmos” e significa: tribulação, perseguição, teste, sofrimento, incitação ao pecado. As tentações de que Paulo está falando são “humanas”, ou seja, são comuns ao nível do ser humano; está no contexto terrestre. São desafios para a nossa vida, para o nosso dia-a-dia.

Deus nos prova, mas não nos tenta para praticarmos o mal; porém, permite que a tentação venha sobre nós. Um exemplo claro está na tentação que Jesus enfrentou no deserto. A Bíblia diz que foi Satanás quem o tentou, porém foi o Espírito Santo quem o conduziu até o deserto.

Ele exerce controle sobre todas as tentações que, como crentes, enfrentamos, permitindo somente aquelas que podemos suportar. Ele provê um meio de escape para cada teste, cada sofrimento, cada perseguição, ou cada incitação à prática do mal (pecado).

Por isso que Paulo o chama de “Deus fiel”. Podemos confiar nEle. O autor aos Hebreus, no capítulo quatro diz:

“Portanto, visto que temos um grande sumo sacerdote que adentrou os céus, Jesus, o Filho de Deus, apeguemo-nos com toda a firmeza à fé que professamos, pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. Assim sendo, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade.” (Hb 4.15)

O convite é para confiarmos em Jesus Cristo quando estivermos em momentos de necessidade e tentações (peirasmos), porque Ele vencer todo tipo de tentação pó nós. E agora, através dessa graça, podemos encontrar ajuda para escaparmos e vencermos também.

O escape não nos é dado através da ausência de todas as tentações; nem por sermos livres das provações. O escape só aparece através da resistência e da persistência do crente em permanecer e depender do Bom Pastor (Sl 23.1-5). Jesus é o escape que o Deus fiel provê para podermos suportar.


E por que é importante resistir à tentação? É importante primeiramente porque se ela não for vencida destruirá nossa vida moral, social e espiritual. Segundo porque tem promessa para aquele que resiste: a coroa da vida:

“Feliz é o homem que persevera na provação, porque depois de aprovado receberá a coroa da vida que Deus prometeu aos que o amam” (Tg 1.12).

E terceiro porque provações e tentações são utilizadas por Deus para promover o nosso amadurecimento espiritual, nos ajudando na caminhada rumo ao Reino de Deus:

“fortalecendo os discípulos e encorajando-os a permanecer na fé, dizendo: "É necessário que passemos por muitas tribulações para entrarmos no Reino de Deus". (At 14.22).

Resista às tentações que aparecem diante de você. Lembre-se que Jesus nos ensinou a orar pedindo que o Pai celestial nos deixe cair em tentações, mas nos livrar do mal. Isso significa que tentações sempre virão, mas podemos resisti-las com a ajuda daquele que tem “o Reino, o poder e glória para sempre” (Mt 6.13).

Por Pr. Anderson Guarnieri

De pai para filho

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Jesus em seu ministério terreno nos ensinou muito através de algumas parábolas contadas por ele e uma delas é a do filho pródigo. Só que hoje não iremos falar do filho pródigo, mas de seu pai. Iremos ver o imensurável amor de um pai que aceitou de volta seu filho mesmo após o mesmo ter feito algumas coisas que desagradaram o seu coração.

A Bíblia conta em Lucas 15:11-32 a história de um pai que tinha dois filhos. Certo dia o filho mais novo deseja sair de casa e pegar a sua parte da herança dos pais, dos bens que eram dele por direito e viver sua vida longe de casa. O pedido do filho mais novo de sua parte da herança é ousado e ele agiu com rebeldia. O que isso te traz a mente nesse momento? Independência, auto-suficiência? Será que atualmente não vemos muitos casos iguais a esse?

Depois de alguns dias o filho arruma suas coisas, e vai para outro país distante dali. A Bíblia nos relata que ele gastou toda sua herança dissolutamente (Descontroladamente, desregradamente, sem critérios). Podemos imaginar que ao chegar naquele país desconhecido, ele tenha ido a noitadas, bebido, saído com mulheres e com uma certa rapidez acabou com todo o dinheiro que tinha. Um rapaz que tinha tudo aos seus pés, hoje já não tinha nada. Consumismo, imediatismo ou um certo prazer momentâneo não? É isso que o pecado nos faz, ele nos cega de tal maneira que nos impulsiona a ter e não a ser. Ele nos faz viver e ter a sensação de prazer absoluto, mas tudo é passageiro, momentâneo e quando caímos em si é tarde, caímos no erro e nos vemos totalmente sem saída.

Quando não tinha mais nada pra gastar, para piorar ainda mais sobreveio naquele país um grande período de fome. Precisava de emprego, alguma maneira de conseguir dinheiro e foi morar com um cidadão e ser seu empregado. Adivinha qual era o emprego? Cuidar de porcos nos campos. Suas ações não levam ao sucesso, e ele finalmente se torna um "trabalhador escravo", com o trabalho degradante (para um judeu que era) de cuidar de porcos e até em um momento desejar comer as bolotas que eles comiam.

Daí veio em sua mente um pensamento que até mesmo os trabalhadores de seu pai tinham comida melhor que aquela, que ele estava passando por uma situação de humilhação e que não precisava estar ali. Eis que caiu em si, reconheceu que estava errado e se arrependeu profundamente. Ele declara que pecou contra os céus e contra seu pai e não merecia mais ser chamado de filho por ele. E levantando-se, largando tudo foi correndo de volta para o seu lar. Imagino que ele deva ter ficado receoso quanto a resposta, a reação e como seria a recepção de seu pai ao vê-lo.

Reparem a seguir nas sete atitudes do pai com o filho nesse reencontro emocionante:

1) O pai que espera: Ele viu-o de longe. (v 20)
2) A profunda compaixão do pai: Compadeceu-se. (v 20)
3) O cordial amor paternal: Beijou-o. ( v 20)
4) O cuidado paternal: Vestiu-o. (v 22)
5) A homenagem do pai: Deu-lhe um anel. (v 22)
6) A comunhão com o pai: Ceou com ele. (v 23)
7) A alegria na casa do pai: Regozijaram-se. (v 24)
Com tais atitudes de seu pai, o filho mais velho ficou irado e não quis entrar em casa para a festa a ponto de reclamar com o seu pai que ele esteve esse tempo todo com ele, nunca foi desobediente, sempre foi cumpridor dos seus deveres e que o pai ainda mata um novilho cevado (bezerro bem gordo) para dar uma festa pela volta de seu irmão caçula que estava voltando para casa e nunca sequer deu um cabrito para que ele pudesse festejar com seus amigos. Reparem na resposta sábia e ensinadora do pai à esse filho: E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas; Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.”

Mesmo após o filho ter sido rebelde, ter saído de casa, gastado tudo o que tinha recebido e depois voltar para casa como se nada tivesse acontecido, o amor de um pai supera todos esses obstáculos da vida e que o pecado nos proporciona. O pai que ama ao seu filho o recebe de braços abertos independente de qualquer coisa porque o ama incondicionalmente. É assim também o nosso Deus que nos ama, sendo nós ainda pecadores, de tal maneira que enviou o seu único filho Jesus para morrer naquela cruz em favor de nós que somos rebeldes e não merecedores de tamanho favor impagável.

Deus é o nosso pai e sempre está de braços abertos esperando por seus filhos que, se um dia, vierem a sair de casa, voltarem e cearem com ele sendo chamados de filhos amados!

Por Diego Barros | Sou da Promessa

Os que esperam no Senhor

http://frasesilustradas.files.wordpress.com/2009/09/paciencia2.jpg?w=425&h=751 
“Eu espero pelo Senhor mais do que os guardas esperam o amanhecer”. Salmo 130.6
A ansiedade é uma das coisas que mais tortura física, emocional e espiritual. Uma crise profunda de ansiedade pode causar verdadeiros estragos e alterar até mesmo a personalidade. Ainda bem, que em resposta à ansiedade, a Bíblia apresenta a esperança.

A esperança é mais que um anestésico, é o oxigênio da vida. É a crença e saudação do futuro. É descanso para as emoções estressadas. É abrigo para o coração solitário. É força que nos põe novamente em pé. É conselho interior que afirma: desta vez vai dar certo.

Nada mais desanimador que um vigia solitário numa longa noite escura. Foi esta figura de linguagem que o Salmista buscou para um instante de crise interior. Nestes momentos parece que o relógio pára, que as coisas não mudam, estão sempre no mesmo lugar. A sensação é que o mundo esqueceu da nossa existência. Todos estão abrigados e só eu estou numa pior, é a voz do coração.

Mas o poeta fala da espera e da certeza de um novo dia. Do amanhecer. Do sol nascer e reinar sobre a
escuridão. Haverá momento que a realidade será manifesta e a espera não foi em vão. E a exultação de alívio será: Venci, cruzei a linha da chegada, deu certo, valeu, sobrevivi!!!

Quando devemos esperar pelo Senhor? Quando estamos angustiados, perplexos, desesperados, doentes ou
solitários?

Às vezes é difícil esperar. Normalmente se quer agir. Mas há momentos em que não se pode agir, a solução é falar com Deus e esperar. Há silêncio que vale mais que milhares de palavras e ações. E é bom saber que nós podemos dirigir a alguém que nos ouve, mesmo sendo invisível aos olhos materiais. Não falamos ao vazio, quando conversamos com o Pai, em nome de Jesus que morreu e ressuscitou pelos nossos pecados. Da mesma forma não esperamos em vão, mas temos a certeza de que a solução virá, assim como é certo o amanhecer depois da longa noite.

Muitos são os meios divinos de nos ajudar. As pessoas, a natureza, a ciência e seu poder, são canais de
suas bênçãos. Os que esperam no Senhor não serão envergonhados, mas terão suas trevas dissipadas e ganharão novas forças para prosseguir. Se você está numa longa, negra e solitária noite ouça o Salmista e Isaías dizerem:

“Espere Israel no Senhor, pois no Senhor há misericórdia, nele, copiosa redenção”. Salmo 130.7

“Mas os que esperam no Senhor renovam suas forças, sobem com asas como águias, correm e não se cansam, caminham e não se fatigam” - Isaías 4.31.
 

 
Por Pr. Elias Alves Ferreira