27 de jan. de 2010

O Mito da Igreja Perfeita.



Uma das características dos evangélicos brasileiros neste inicio de século é a constante mutação de seus membros. Acredita-se que pelo menos uma vez ao ano parte dos seguidores de Cristo mudam de igreja, alegando os mais diversos motivos, sendo que o principal destes é que a igreja que faz parte é cheia de problemas e distorções. Na verdade, tais pessoas fundamentam suas decisões migratórias na pseudo-verdade de que existem igrejas perfeitas, cuja liturgia eminentemente é marcada por algum fator preponderante que lhe agrade.



Particularmente eu conheço pessoas que em nome de Deus mudaram de igreja quase uma dezena de vezes. Para estas, o fato de existirem conflitos de opiniões ou divergência relacionais com os irmãos em Cristo, aponta exclusivamente para a retirada do time de campo. Ora, tal comportamento mostra claramente uma visão distorcida e equivocada quanto a Igreja, até porque, não existem igrejas perfeitas, pelo simples fato de que elas são compostas por homens imperfeitos. E o fato de não sermos perfeitos, impossibilita a constituição e formação de igrejas perfeitas.



Caro leitor, é bem possível que você tenha sido testemunha de inúmeros casos de pessoas que falharam em suas comunidades locais proporcionando ao seu coração mágoas, decepções e frustrações. Se em virtude disto você tem abandonado o barco usando do álibi da imperfeição, afirmo-lhe que está cometendo um grande equivoco, isto porque, são através das falhas, erros e distorções comportamentais de nossos irmãos que podemos colocar em prática as orientações de nosso Senhor.



Alguém certa feita disse: “A igreja é como a Arca de Noé. Lá dentro o cheiro pode ser insuportável, entretanto, é bem melhor estar dentro do que fora.”



Pense nisso!


[Renato Vargens - Colaborador do Genizah]

Cine Primeirona!


Na última terça-feira [26/01/2010], o Cine -Primeirona exibiu o filme  -  V de Vingança


Sinopse: Em uma Inglaterra do futuro, onde está em vigor um regime totalitário, vive Evey Hammond (Natalie Portman). Ela é salva de uma situação de vida ou morte por um homem mascarado, conhecido apenas pelo codinome V (Hugo Weaving), que é extremamente carismático e habilidoso na arte do combate e da destruição. Ao convocar seus compatriotas a se rebelar contra a tirania e a opressão do governo inglês, V provoca uma verdadeira revolução. Enquanto Evey tenta saber mais sobre o passado de V, ela termina por descobrir quem é e seu papel no plano de seu salvador para trazer liberdade e justiça ao país.

21 de jan. de 2010

HAITI - O que surgirá dos escombros desse Terremoto?



Muita coisa tem sido dita nestes últimos dias acerca do cataclismo que abateu o Haiti. A ONU afima ser a maior catástrofe de sua história. Será que se esqueceram da tsunami e de tantos outros terremotos que têm acometido o mundo nos últimos anos? O que torna a tragédia do Haiti mais importante em termos de repercussão é sua proximidade com o resto do Ocidente. A tsunami aconteceu lá do outro lado do mundo. Mas o Haiti parece um aviso de que coisas ruins também acontecem aqui no nosso quintal. Miami está logo ali!
Como cristãos, qual deveria ser nossa reação diante de uma tragédia desta magnitude?
Alguns preferem buscar explicações teológicas. Alguns crêem que tenha sido juízo de Deus, por causa de um pacto feito entre aquela nação e o diabo, quando lutava por sua independência da França no século XVIII. Outros atribuem ao próprio diabo, como se este tivesse poder sobre as forças naturais. Há também a turma do Open Theism, que aproveita a situação para reafirmar e propagar sua crença de que Deus não interfira na história, e nem ao menos conhece o seu desfecho. Tem também os que aproveitam para linkar o acontecimento à proximidade da volta de Jesus, catalogando-o como sinal dos tempos.
Enquanto os teólogos de plantão discutem, cristãos comuns arregaçam as mangas no afã de minimizar o sofrimento das vítimas.
O livro de Atos registra um terremoto ocorrido na cidade de Filipos, onde Paulo e Silas estavam encerrados na prisão. O abalo foi de tal magnitude que rompeu as grades, deixando todos os presos potencialmente livres. O carcereiro, desesperado, quis suicidar-se, mas foi impedido por Paulo, que garantiu-lhe que nenhum dos presos fugiria. Para a surpresa deles, o suicida perguntou-lhes: Que farei para ser salvo?
Ora, Paulo poderia ter entendido que aquele terremoto era juízo de Deus sobre os que o haviam preso injustamente. Ou poderia acreditar que tudo tinha acontecido para que ele fosse livre daqueles grilhões. Porém, Paulo não entendia os acontecimento partindo de seu próprio umbigo. É claro que ele não acreditava em acidentes. Havia um propósito naquilo tudo.
Em vez de aproveitar para fugir, Paulo se volta para aquele homem desesperado, e lhe diz: Crê no Senhor Jesus Cristo e serás salvo tu e a tua casa.
Que bom seria se a igreja contemporânea deixasse de discutir a razão das tragédias naturais, e aproveitasse o ensejo para levar uma palavra de conforto e salvação às vítimas. E não só palavras, mas também ações.
Não nos compete julgar, nem atribuir culpa a quem quer que seja. Nossa única atribuição é revelar a face amorosa do nosso Deus, que Se importa com a dor de suas criaturas.
Imagine se Paulo tivesse a postura de muitos cristãos de hoje em dia. Ele certamente deixaria que o carcereiro cumprisse seu intento, e ainda chegaria na igreja dando testemunho da vitória. Que vergonha! A mensagem pregada em nossos púlpitos tem produzido gente assim, que em vez de encarar a realidade, prefere fugir dela, com explicações mirabolantes que apaziguem suas consciências, em vez de aguçá-las em favor do seu semelhante.
Deus está dispensando advogados! Mas também não Se importa com Seus detratores.
Voltemos-nos para a realidade, e trabalhemos para transformá-la.
Ironicamente, o mesmo carcereiro que lhe fizera as feridas nas costas, levou-o para sua casa e as tratou. Daquele terremoto nasceu a igreja para a qual Paulo destinou uma de suas mais brilhantes epístolas: Aos Filipenses.
Que dos escombros deste terremoto no Haiti surja uma igreja vibrante, cheia de vida e desejosa de mudar o mundo. Dos escombros de nossas certezas teológicas, possa emergir uma igreja voltada para fora em busca de soluções, em vez de explicações.


[Hermes C. Fernandes (Genizah)]

6 de jan. de 2010

Perdão



“E, indignando-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida.”(Mateus 18: 23 a 35).
 
Os verdugos não eram simplesmente guardas da prisão, mas carrasco que tornavam a vida do prisioneiro mais amarga que com uma vara ou um chicote, espancavam diariamente os criminosos e os atormentadores constantemente.
Verdugos = Atormentadores.
O principio básico que o Senhor Jesus quer nos ensinar aqui, é que aquele que se recusa a perdoar, que oculta a raiva, o rancor, a mágoa em seu coração em relação à outra pessoa, será atormentado por pensamentos e sentimentos ou por uma intranqüilidade interior.


Ausência de perdão gera diversos verdugos (atormentadores):


1 – Verdugos Emocionais: Uma vida azeda, amarga, fechada, desconfiada, que não consegue se abrir com ninguém, vivendo irritado, etc...


2- Verdugos Físicos: Sugerem enfermidades. O salmista no Salmo 32 nos fala que enquanto ele guardava o pecado escondido, sentia seus ossos envelhecerem, havia gemidos, e seu vigor tinha se tornado em sequidão, ou seja, seco- sem água, que a refrigera, umedece e lava.
3 – Verdugos Espirituais: Ou seja, uma relação obstruída com Deus. Mateus 5.23,24. “Te lembrares”, ou seja, ele estava tentando estabelecer uma comunhão com Deus, uma relação mais intima e sua consciência o acusou. Ele se lembrou que existia uma diferença com um irmão e teria agora que parar tudo, deixar ali a sua oferta e ir primeiro acertar as contas com este irmão, caso contrário o culto não seria aceito, devido à relação dele com Deus está obstruída.


Conclusão: Amados, nada que o homem possa nos fazer, compara-se ao que temos feito a Deus! E que continuamos a fazer diariamente. E se Deus tem perdoado nossas dívidas para com Ele, como podemos deixar de oferecer este perdão aos outros que, comparativamente, nos devem tão pouco. Tudo que venhamos fazer no sentido de perdão não passa de sombra da Divida que lhe foi perdoada na Cruz!


Lembre-se: Você é o Alvo do Amor de Deus!

2 de jan. de 2010

Feliz Consciência Nova!



Deus não faz rascunhos! Deus faz esboços! A diferença?

Rascunho é aquilo que é descartado, fruto de uma tentativa frustrada, de um erro. Ora, nenhuma de Suas obras é descartável, e isso inclui a mim e a você.

Todos estamos em processo de finalização, em fase de acabamento. Por isso, somos um esboço, uma obra inacabada.

É Paulo quem nos garante: "Tendo por certo isto mesmo, que aquele que em vós começou a boa obra a aperfeiçoará até ao dia de Cristo Jesus" (Fp.1:6).

O Grande Arte-finalista está reforçando nossos traços, apagando os eventuais borrões, e por fim, nos colorirá. Somos a aquarela de Deus! Sua obra-prima!

Assim como os artistas renascentistas usavam modelos vivos para posarem para seus quadros e esculturas, o Modelo usado por Deus para nos desenhar é Cristo. Ele é o padrão, a referência por excelência.

De uma coisa podemos estar certos: Deus não desistirá de Sua obra. Ele começou, Ele mesmo terminará.

Mesmo Pedro tendo negado a Jesus, ele não foi descartado. Tão logo ressuscitou, Jesus foi ao seu encontro, e em vez de acusá-lo de deserção, o desafiou a continuar em sua jornada e a liderar os discípulos.

Então, por que desistiria de mim? E por que desistiria deste Universo?

Engana-se quem pensa que Deus está prestes a riscar um fósforo cósmico e detonar o Cosmos.

Li em algum lugar que este Universo é apenas uma versão Beta. Recuso-me a acreditar nisso. Aquele que é o Alfa e o Ômega de tudo quanto existe, não precisa de versões Beta. Repito: Deus não faz rascunhos! Ele não vive de tentativas. Tudo o que Ele faz durará para sempre! Duvida? Então leia Eclesiastes 3:14.

Em vez de destruir o Universo, Deus vai aperfeiçoá-lo, enchendo-o com as cores de Sua glória. E então, Deus será tudo em todos. E quem seria a platéia do Supremo Artista? De quem virão os aplausos?

Paulo responde: "E foi assim para que agora, pela igreja, a multiforme sabedoria de Deus seja conhecida dos principados e potestades nas regiões celestiais" (Ef.3:10).

No idioma original, Paulo diz "a multicolorida sabedoria de Deus". Imagine a quantidade de cores que há no estojo do Criador!

Os mesmos seres celestiais que assistiram à criação do Mundo, agora esperam em suspense pela sua consumação (Jó 38:4-7). E é a igreja, a nova humanidade, o pincel usado por Deus. São as consciências renovadas pela Palavra que projetam na tela do Universo as inúmeras cores do espectro divino.
[Por Leonardo Gonçalves]