19 de ago. de 2011

De pai para filho

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Jesus em seu ministério terreno nos ensinou muito através de algumas parábolas contadas por ele e uma delas é a do filho pródigo. Só que hoje não iremos falar do filho pródigo, mas de seu pai. Iremos ver o imensurável amor de um pai que aceitou de volta seu filho mesmo após o mesmo ter feito algumas coisas que desagradaram o seu coração.

A Bíblia conta em Lucas 15:11-32 a história de um pai que tinha dois filhos. Certo dia o filho mais novo deseja sair de casa e pegar a sua parte da herança dos pais, dos bens que eram dele por direito e viver sua vida longe de casa. O pedido do filho mais novo de sua parte da herança é ousado e ele agiu com rebeldia. O que isso te traz a mente nesse momento? Independência, auto-suficiência? Será que atualmente não vemos muitos casos iguais a esse?

Depois de alguns dias o filho arruma suas coisas, e vai para outro país distante dali. A Bíblia nos relata que ele gastou toda sua herança dissolutamente (Descontroladamente, desregradamente, sem critérios). Podemos imaginar que ao chegar naquele país desconhecido, ele tenha ido a noitadas, bebido, saído com mulheres e com uma certa rapidez acabou com todo o dinheiro que tinha. Um rapaz que tinha tudo aos seus pés, hoje já não tinha nada. Consumismo, imediatismo ou um certo prazer momentâneo não? É isso que o pecado nos faz, ele nos cega de tal maneira que nos impulsiona a ter e não a ser. Ele nos faz viver e ter a sensação de prazer absoluto, mas tudo é passageiro, momentâneo e quando caímos em si é tarde, caímos no erro e nos vemos totalmente sem saída.

Quando não tinha mais nada pra gastar, para piorar ainda mais sobreveio naquele país um grande período de fome. Precisava de emprego, alguma maneira de conseguir dinheiro e foi morar com um cidadão e ser seu empregado. Adivinha qual era o emprego? Cuidar de porcos nos campos. Suas ações não levam ao sucesso, e ele finalmente se torna um "trabalhador escravo", com o trabalho degradante (para um judeu que era) de cuidar de porcos e até em um momento desejar comer as bolotas que eles comiam.

Daí veio em sua mente um pensamento que até mesmo os trabalhadores de seu pai tinham comida melhor que aquela, que ele estava passando por uma situação de humilhação e que não precisava estar ali. Eis que caiu em si, reconheceu que estava errado e se arrependeu profundamente. Ele declara que pecou contra os céus e contra seu pai e não merecia mais ser chamado de filho por ele. E levantando-se, largando tudo foi correndo de volta para o seu lar. Imagino que ele deva ter ficado receoso quanto a resposta, a reação e como seria a recepção de seu pai ao vê-lo.

Reparem a seguir nas sete atitudes do pai com o filho nesse reencontro emocionante:

1) O pai que espera: Ele viu-o de longe. (v 20)
2) A profunda compaixão do pai: Compadeceu-se. (v 20)
3) O cordial amor paternal: Beijou-o. ( v 20)
4) O cuidado paternal: Vestiu-o. (v 22)
5) A homenagem do pai: Deu-lhe um anel. (v 22)
6) A comunhão com o pai: Ceou com ele. (v 23)
7) A alegria na casa do pai: Regozijaram-se. (v 24)
Com tais atitudes de seu pai, o filho mais velho ficou irado e não quis entrar em casa para a festa a ponto de reclamar com o seu pai que ele esteve esse tempo todo com ele, nunca foi desobediente, sempre foi cumpridor dos seus deveres e que o pai ainda mata um novilho cevado (bezerro bem gordo) para dar uma festa pela volta de seu irmão caçula que estava voltando para casa e nunca sequer deu um cabrito para que ele pudesse festejar com seus amigos. Reparem na resposta sábia e ensinadora do pai à esse filho: E ele lhe disse: Filho, tu sempre estás comigo, e todas as minhas coisas são tuas; Mas era justo alegrarmo-nos e folgarmos, porque este teu irmão estava morto, e reviveu; e tinha-se perdido, e achou-se.”

Mesmo após o filho ter sido rebelde, ter saído de casa, gastado tudo o que tinha recebido e depois voltar para casa como se nada tivesse acontecido, o amor de um pai supera todos esses obstáculos da vida e que o pecado nos proporciona. O pai que ama ao seu filho o recebe de braços abertos independente de qualquer coisa porque o ama incondicionalmente. É assim também o nosso Deus que nos ama, sendo nós ainda pecadores, de tal maneira que enviou o seu único filho Jesus para morrer naquela cruz em favor de nós que somos rebeldes e não merecedores de tamanho favor impagável.

Deus é o nosso pai e sempre está de braços abertos esperando por seus filhos que, se um dia, vierem a sair de casa, voltarem e cearem com ele sendo chamados de filhos amados!

Por Diego Barros | Sou da Promessa

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